O Reino Unido pretende criar um projeto de lei (PL) que obriga tutores de gatos a implantarem microchips em seus pets. O objetivo é identificar gatinhos perdidos, facilitar o retorno às suas famílias e, assim, diminuir a população de animais abandonados nas ruas e abrigos britânicos. O projeto foi recebido com bastante entusiasmo por veterinários, ativistas e organizações de proteção. No entanto, essas entidades pressionam o governo por celeridade no processo de tramitação da regra no parlamento.
O projeto de lei de implantação compulsória de microchip em gatos começou a ser cogitado após um número crescente de felinos domésticos raptados, perdidos e resgatados em instituições de proteção nos últimos anos. De acordo com o Pet Theft Awareness, o roubo de gatinhos triplicou entre 2015 e 2021, e cresceu 12,3% de março de 2020 a março do ano passado. A instituição de resgate Cats Protections diz ainda que 80% dos gatos recebidos em abrigos no Reino Unidos não são microchipados.
O PL prevê que 10,8 milhões de gatinhos devam receber o registro eletrônico a partir de 4 meses e meio de vida, informações como nome, endereço e nome do tutor serão armazenadas em um banco de dados central. Se aprovada, quem não obedecer à lei receberá uma notificação oficial e, dentro de 21 dias após o aviso, pode haver multa de até £500, o equivalente a mais de R$ 3 mil.
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O microchip já ajudou muitos tutores a se reencontrarem com seus pets. É o caso de Jayne Swan, cujo gato chamado Scarab desapareceu por quase 1 ano. Jayne sofre de oftalmoplegia, uma doença oftalmológica rara que causa o enfraquecimento dos músculos dos olhos e afeta o campo de visão. Ela precisou se mudar para uma área mais rural por causa de sua enfermidade. Sem se adaptar à nova casa, Scarab acabou fugindo, no entanto, o animal recebeu microchipagem ao ser adotado. O Cats Protections escaneou Scarab e o devolveu à Jayne.
O vice-presidente da Associação Britânica de Veterinários, Malcolm Morley, defendeu a implantação de microchip. Morley afirmou que o procedimento é seguro, eficaz e permanente, mas alertou que o governo precisa dar mais celeridade ao projeto. “Como prioridade, gostaríamos de propor um calendário para discutirmos as ações de registro. Para acelerar, o banco de dados poderia ser unificado. Atualmente há 16 bancos de dados separados, o que pode ser uma grande barreira ao PL.”, disse o veterinário.
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