Orgulho LGBTQIA+: casais contam como é a vida de gateiro

Mês do Orgulho LGBTQIA+: como é a vida de gateiro? O

O benefício que os gatos proporcionam ao lar é inegável, não importa se você mora sozinho ou em família. Estudos indicam que os felinos domésticos são ótimos companheiros, carinhosos e, ao contrário do que dizem, bastante fiéis. Além de encher a casa de alegria, os gatinhos trazem paz e harmonia e podem ser um excelente suporte psicológico, principalmente para quem está enfrentando o isolamento provocado pela pandemia do coronavírus.

Aproveitamos o Dia do Orgulho LGBTQIA+, comemorado no domingo (28), para entrevistar dois casais de gateiros pertencentes a esta comunidade, que nos contaram como é a experiência de cuidar dos gatos em família. Os relatos a seguir mostram como os felinos contribuem para o fortalecimento dos laços familiares e do bem-estar coletivo.

Gateiros e família LGBTQIA+

O primeiro casal é formado por Mabel Cezar e Rayani Immediato. Mabel é dubladora, locutora, diretora de dublagem e cofundadora da Sociedade Brasileira de Dublagem (SBD), Rayani é tradutora, coach e também dubladora e cofundadora da SBD. No início, elas adotaram Marie e, como ser gateiro é um caminho sem volta, um mês depois chegou a Tigrinha para trazer mais amor à família. “Adotamos a primeira [gata] quando a Rayani foi me buscar numa escola de atores onde eu dava aula de dublagem. Ela viu uma gatinha agitada e com medo na calçada e sentiu que precisava acolher. Pegamos e é a nossa primeira filha gatinha. Nos percebemos gateiras assim que a Marie chegou em casa. Não demorou nem um mês pra pegarmos a segunda gatinha, que é a Tigrinha. A rotina de amor e alegria que se estabelece é irresistível”, disse Mabel.

 

Mas acha que pararam por aí? Claro que não! Durante o isolamento imposto pela covid-19, o casal sentiu a necessidade de aumentar a família e adotou um par de filhos felinos. “Amamos tanto [gatos] que hoje temos quatro! Durante a pandemia pegamos mais dois gatinhos: a Joy e o Apollo. Eles nos trazem tanto amor e alegria que queremos cada vez viver isso!”, relatou a dubladora.

 

Já para o artista plástico André Evangelista, casado com o professor universitário e doutor em Educação Luiz Miguel Pereira, a vida de gateiro começou há muito tempo, apesar de os gatos serem dos pais. Foi somente em 2008 que o casal decidiu compartilhar um filho de quatro patas. Até o momento eles são pais de cinco gatinhos lindos: Gatulão, Gatulinha, Aretha, Moira e Agripina. André e Miguel consideram que a dinâmica social entre humano e animal tem praticamente a mesma importância do que entre os humanos no cotidiano. “A importância [dos gatos no dia a dia] é mesma que meus amigos mais próximos.”, disse André. “O que considero mais importante é a companhia.”, completou Miguel.

 

Pandemia do coronavírus

Com a nova realidade provocada pela covid-19, o isolamento foi aplicado como uma das formas de prevenção à doença, o que alterou bruscamente o cotidiano de muitas pessoas. Felizmente, quem vive em família e na companhia dos gatos sentiu menos o impacto da falta do convívio social, pois, como mencionado anteriormente, os felinos domésticos podem atuar como forte apoio psicológico.

 

 

Segundo Miguel, a interação humano-animal durante a pandemia do coronavírus ficou ainda mais harmoniosa. “Nossa relação ficou mais respeitosa. Entendo cada vez mais o espaço deles, o tempo deles.” Para André, a mudança no ritmo permitiu que ele notasse mais o comportamento de seus gatos e entendesse melhor o jeito de cada um. “Eu percebi nuances na personalidade [dos pets] que antes não se mostravam na correria. Pude observar melhor a rotina deles.”, afirmou.

 

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União familiar

Outro fator importante catalisado pela companhia dos felinos é a união familiar. Os gatos contribuem para a consolidação dos laços e a harmonia no lar. Mabel Cezar nos contou que o relacionamento dela com Rayani Immediato ficou fortalecido após a presença de Marie, Tigrinha, Joy e Apollo na vida dos cônjuges (ou “conje”, para alguns juízes aí). Os quatro peludinhos, aliás, são tratados como membros da família. “Como são nossos ‘filhos’, é claro que [a gente] cria um laço de cumplicidade, de companheirismo, amor e comprometimento. É inegável que ter e criar gatinhos nos fortalece como casal.”

 

O mesmo aconteceu no lar do André e do Miguel, que ficaram mais próximos após se tornarem cuidadores dos cinco gatos. De acordo com o relato do artista plástico, o carinho do esposo com os animais aumentou sua admiração por Miguel. “Nessa coisa da observação, acabei por admirá-lo mais vendo como ele lida com os gatinhos, a forma que ele adapta a rotina de trabalho com os cuidados com os bichinhos. Recebemos alguns gatinhos de rua que vem pedir comida, e o carinho que ele tem com esses gatinhos é admirável.” Oooown!

 

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